terça-feira, 23 de novembro de 2010

Nas letras


Quando eu era menor, e quando eu era sem alguém, passava por instantes como esse. Eram momentos bobos, em que eu simplesmente precisava de um banho com a cabeça encostada na parede, só sentindo a água cair, pra poder pensar. E esses momentos eram os que rendiam melhores estratégias sobre a vida, sobre a minha vida, sobre mim.
Hoje, sem querer impor um instante de volta, cheguei até ele. E percebi que o corpo que recebia a água era o mesmo ou melhor que o de anos atrás. Mas que esse corpo mudava quando eu mais deveria olhar pra ele. Quando eu mais deveria adorá-lo. Parece-me que quanto mais havia a incerteza de tudo, mais certa de tudo eu ficava. É errado! Porque se fosse bom, eu aceitaria, mas não é. Parece-me que quando olho pra frente e não vejo nada, permito-me ver o que quiser. E quase sempre são mentiras, que sei serem assim, mas que tem uma força poderosa.
O que quero dizer a mim mesma, é que se há uma hora em que acreditar, então é essa! Porque não poderia ser a outra, em que nada de verdade existia, em que eram só meus pensamentos e minha boa auto-estima falando. Porque antes tudo poderia ser, mas não era, né? Havia, de fato, a imensa gama de possibilidades, mas se nunca chegaram até mim, não deveriam ser.
E quem deveria ser? Como eu posso negar que o melhor aconteceu? Que a vida que se pôs e que está ficando não é a melhor das opções? Tão boa e tão real que eu não poderia ter inventado.
É certo que quando nunca houve coisa alguma eu fui inteira e completa. E é certo que passo a ver hoje os fragmentos das certezas que tive um dia, pra poder, agora, endireitar os passos.

Então vivamos!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Não vão se largar


Mas ninguém sabe o que eu estou sentindo.
Mas hoje nem eu sei que o estou sentindo. Só há uma voz falando estranho, um sem resposta gritando insano e um certo nó me amarrando em pranto.

Como eu disse, é implacável. Não espera, não avisa, não prepara. Vem e quer de volta.
Eu dei. Mas que saudade dos braços dele...

Ele sempre me ajuda. É incrível como as mãos sempre se encaixam.

E talvez eu chore de susto então... é como se eu tivesse perdido, há muito tempo, e tanto que nem ele se lembra. Mas é como se eu vivesse agora toda morte que plantei antes. E eu não a colhi, por Deus, eu não colhi. Eu devo agradecer a ele, ao trevo, ao norte. Eu devo festejar de qualquer jeito a forma que se fez inteira, a que eu consegui encontrar. A que eu nunca parei de procurar.

E o que ofereço é minha vida. Do jeito que precisar que ela seja.

Obrigada e te amo, te amo, te amo...

quinta-feira, 11 de novembro de 2010


Ah, eu não nasci pra trabalhar tanto! Não aguento