segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Cariño


Hoje tirei a noite para ler. E ler, por aqui, sempre traz acima a paixão por palavrear.
E, na verdade, tirei meus minutos insones para reler. Nada de grandes obras. Apenas e-mail's de uma velha paixão.
Frases soltas, juramentos tão eternos quanto eram no momento em que foram escritos. Acabada a paixão sobra apenas a risada inevitável de se ver há anos atrás. De se ver hoje e achar que está melhor. Apenas uma percepção. Palavras de hoje que daqui há dois anos jogarão no mesmo time. Palavras que serão sorridas.
E está tudo fugindo da minha normalidade. Não escrevo assim. Esse não é meu diário, nunca pretendi que fosse. Mas se hoje deixo que as coisas me tomem, que tomem todas.
Pois falemos de velhos amores. As declarações desmedidas, tudo que já foi o mais desejado e que hoje não passa de risada fácil de uma madrugada de segunda (em férias).
E como são boas as férias, não?
Voltando.
Não. Indo. Não 'me encanta' voltar. Eu quero ir. Ir pro que tem de novo, de bueno, aos novos aires.
Hablar con el corazión. O portunhol ao qual resolvi me dedicar. Que inspira os dias. As noches.
Que vengan las noches. Ven a mi lado.

Besos... buena vida!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Nada, amigo.



















E se sentir que nenhum esforço a mais compensa, pára. Deixa as mãos lavadas empurrarem pro contorno.
Mas se sentir que não há sussurro que arrepie, então assopra. Faz bem errado pra poder chorar depois.
Ah, se não adiantar dizer mais nada, abraçar o seu ninguém, lamentar o mal amado, então deita, rola, morre por dentro e pula, pula por fora e cai fora.
Já não há dia que te espere. Não há lugar que te caiba. Não há nada que te ameace, porque é nada que tens aí.
Tens nada, amigo. Tens porra nenhuma. Tens malemá um pulso como ingresso.
Te encontro lá embaixo. Devagar e pela sombra.
Te encontro.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008























Uma música pra elevar o coração, um momento pra entrar em ação, um papel pra sentir que é verdade. Vamos.
E quantos são os dias em que fica frágil ser assim. As vontades de tirar de perto o que te abaixa a cabeça. Te empurra e você assiste, respeitosamente, no lugar de sempre. Respeitosamente massacrado.
E quão bons são os dias em que todos são colocados em seus lugares. Você no seu. No topo. Eles abaixo. No chão. No lixo.
E que satisfação me traz amassá-los e aprender que ser alheia não é tarefa fácil (mas que satisfação me traz).
E nunca houve, nunca haverá, jamais virá pra cá alguém melhor que você. E ninguém nunca terá beleza que supere a sua. Riso que encante mais. Olhar que perturbe igual. No seu espaço, o que lidera. Na sua vida, quem manda. As suas escolhas, o único que veta.
E como é bom sacudir o lenço à voces, queridos (as)... dar o adeus mais sincero. O que parece que te leva pra perto de novo, mas que você sabe ser último.
Porque me faz bem não ser o alvo do que te atira, do que te compõe. Me deixa forte, me deixa leve, me deixa ser Roberta.
Eu quero vida enquanto houver uma pra viver! Quero amor enquanto existir um pra enlouquecer. Quero um vício enquanto existir prazer em errar.
Meu verbo mais bonito. Meu prazer em viver. Minha satisfação em ser todas minhas escolhidas miudezas, formando uma.

Vivamos... mas vivamos bem!