sábado, 31 de maio de 2008

E no fundo eu sei que em nada posso confiar além das coisas que me formam...
Porque no fim eu sei que vou voltar ao velho pensamento, quando a velha angústia sufocar lá dentro...
Mas na hora eu vejo, quando cair me queixo...
Não é agora, não tem história, não faz memória... então vai lá, vai caminhando, vamos andando e as pedras jogando...
Até sorrir assim. Até chegar ao fim. Até morrer por mim.

Brindar à quê?

sábado, 24 de maio de 2008

Eu mudo a luz de lugar, eu mudo tudo. Somem os velhos reflexos. O que estava escuro já posso ver. A casa é outra. O sentimento faz mais sentido agora.
E o que mudou aqui?
São os mesmos que me falam. Os mesmos que me olham. Só não os mesmos que me encostam. Que me respiram. Não são os mesmos. São bem diferentes.
Sou a mesma que já fui. Diferente da que já era. O que eu quero mudou de lugar. Apaguei a luz. Acendi os olhos. Encostei os lábios. Tranquei as portas. Aumentei o volume.
Perdi a hora.
São os dias que falam, as horas que passam. Não vou pensar, não vou mudar. Vou esperar que o mundo resolva tudo por mim. Estou cansada e não quero me mexer agora. Entrego à vida o que ela me entregou. Devolvo daqui, do mesmo lugar. Sentada. Porque estou cansada e não vou me deitar.
Apaga a luz. Eu preciso enxergar.
Fala mais alto. Eu preciso escutar.
Grita mais baixo. Eu não estou pra lutar.

Vamos. Vamos.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Tempo, tempo... não peço muito, não sonho que faça esquecer, mas uma faísca de aceitação já faria luz.
Sonho, sonho...
No meu mundo particular, onde reservo-me o direito de sofrer em paz, de chorar até a cabeça pedir "pára, pelo amor de 'deus'", vou vivendo.
Vive comigo aquele que entende.
Então mata de novo! Vamos lá, Sr. pesadelo! Passa por cima e esmigalha tudo! Mata tudo! Mais uma vez que ainda não deu pra morrer! Vamos!
Por todos os dias que eu viver, pra cada minuto que eu pensar, lá estará tudo de novo. Pra cada terror que eu sentir, lá estarão aquelas caras! Meus monstros. Malditos. Odeio todos vocês.

Morram tanto quanto me mata(ra)m!

sábado, 3 de maio de 2008

Desabafo

Ah, o Orkut!
Visitando alguns profiles fofos e cheios de florzinhas, borboletinhas e comunidades que "amam muuuuito", senti-me no direito de dar voz à minha falta de "mulherzinhice". Ctrl C - Ctrl V num texto típico e pronto! O direito está exercido!

E o texto é:


"Encontre um homem que te chame de linda em vez de gostosa." - Não, muito obrigada. Eu quero o que me ache linda, me ache gostosa e deixe isso claro. Porque eu sou e ele sabe.

"Que te ligue de volta quando você desligar na cara dele." - Fofuxa, não desligue o telefone na cara de seu macho. Você não "ama muuuuito?" Ah, nãão... ele falou que seu cabelo estava estranho?! Então, ok, ok... desligue então. Joga seu charme, lindona!


"Que deite embaixo das estrelas e escute as batidas do seu coração, ou que permaneça acordado só para observar você dormindo." - Querido. Tem n formas de você ouvir as batidas do meu coração apaixonado. Então encosta essa cabeça nos meus peitos, ..., e escuta. Agora, se quiser dormir, então durmamos os dois! Em caso de insônia, o chá fica na segunda gaveta a direita.


"Espere pelo homem que te beije na testa." - Tá, e depois?


"Que queira te mostrar para todo mundo." - Que me esconda de quem não presta e reserve minha imagem à quem interessa.


"Um homem que segure sua mão na frente dos amigos dele." - E diga: tô comendo!


"Que te ache a mulher mais bonita do mundo mesmo quando você está sem nenhuma maquiagem." - Amiga, você quer um homem sincero? Então vá retocar esse olho borrado!


"Aquele que te lembra constantemente o quanto ele se preocupa com você e o quão sortudo ele é por estar ao seu lado." - Aquele que me faz pensar em todas as coisas, afinal: ele é foda e só por isso está ao meu lado.


"Espere por aquele que esperará por você... aquele que vire para os amigos e diga: é ela!" - "É ELA! TÔ COMENDO!"


Aos homens: refinem a seleção.

Às mulherzinhas: 's2' (argh!)

Às mulheres: nada a desejar. Elas sabem o que tem que ser feito.

Vivamos!!!


Desce mais um

Pronto! Acabo de tomar a dose diária do veneno de olhos verdes e cá estou: pronta!
E é, amigo... entraste em má hora. Mas como veio, foi. Veio apenas trazer uma palavra de conforto quando pareceu adivinhar (mais uma vez) meu momento. Meu problema. Meu (sado)masoquismo.
Porque todas as palavras que não sairam dos meus dedos foram fracas. Nenhum sorriso foi sentido, quiçá esperado. Quiçá. Quiçá querido, quiçá adorado.
Abre essa porta e deixa ir!
E já não sei mais se falo isso ao leitor, ao próprio autor, ou à donzela do pudor! Já não sei mais se o consolo diluiu, se a vontade passou, se o tremor quebrou. Tarde demais pra pensar...
O que eu escuto agora não é o que contorna os lábios. Era pra ser?
Mais um copo, por favor! Mais um copo porque estou ficando mole demais.
Mas... tarde demais. Se eu não tivesse 23 e houvesse algum entorpecente correndo no sangue, muito mais fácil seria. Mas não trabalho com hipóteses nulas. Logo... decorei.
A segunda dose do veneno tem eficácia inegável. Se não se matar com a primeira, amigo, estufe o peito, levante o copo e beba o segundo! É tiro e queda.


Vivamos (ou não)!