sábado, 27 de dezembro de 2008

Começa, 2009...

O fim de ano não tem sido tão pesado quanto nos últimos tempos. Talvez uma recompensa, já que assim foi por muitos dias desses 360 e poucos.
Preciso agradecer a tudo que contribuiu pra que a minha mãe voltasse pra casa, saudável e falante depois de dias de sofrimento e medo. Preciso agradecer aos poucos e bons amigos que em 2008 só confirmei a importância. Preciso agradecer ao meu SM, por coisas que só ele sabe.
A despeito de qualquer sentimento futuro, que fique então registrado que 2008 foi difícil. Foi muito difícil. Mas que 2009 venha e traga o que quiser trazer. Estamos aqui pra viver.

Um beijo, mãe.
Obrigada, amigos.
Te adoro, Bru.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Ao meu namorado

Escrevo porque escrevo.
Como amo porque não tenho outro vício.
Como se amasse falar porque preciso amar, e te escolhi meu desejo, e te mereço por perto porque pintei com imaculada tinta, porque fingi me entregar, porque pedi a eles pra esperar.
Espero estes dias porque não sei mais não esperar.
Retalho as saudades e os ais, porque a espera chegou ao final. Refaço as ilusões, porque com braços mentirosos preciso te abraçar. Pra fingir felicidade. Pra beijar nossa ilustre espera.

sábado, 13 de dezembro de 2008

A um ausente

" Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.

Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?

Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.

Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste"

Carlos Drummond de Andrade

sábado, 6 de dezembro de 2008

Foi

Está tudo na grande roda gigante. À cada volta menos medo, menos emoção e um relativo tédio sendo acumulado.
É incrível, mas eu estou aprendendo a tirar o cor de rosa do olhar. Porque cada vez que ousei sonhar romantismo sonhei com medo e não voltei. Então ficamos combinados: é mais fácil assim. É mais fácil nao esperar nada de nós dois. Eu de você e você de mim. É mais fácil.
E é muito mais chato.
Eu só queria me lembrar aonde foi que deixei o resto da ousadia romântica. Eu só queria saber pra não voltar mais lá e etiquetar a grande caixa dos sentimentos que morreram numa vida ainda bem pequena.

Vivamos.

domingo, 30 de novembro de 2008

Valendo

Quando há uns anos adotei o primeiro vício pensava ser ele curável se os demônios maiores também o fossem. Pensava que nada poderia ser maior que aquilo que me comia por dentro, aquela sensação constante de que o fim chegaria e, se por ventura se afastasse, deveria eu trazê-lo de volta. A sensação de que teria que acabar. Que o natural era esse. Eu esperava pelo fim. E o buscava. Mas a vida era péssima. E qualquer vício seria menor que o da rota daqueles pensamentos. De fato: parar de fumar foi incomparavelmente mais fácil.
Os anos passam e os novos trazem a outra sensação. A de bem estar. A de querer o começo.
Que não passe do meio. E que o meio demore a chegar.
Que nos sintamos começando todos os dias, em todos os abraços dados e esperados. Em todas as palavras mal faladas um pouco mais de vontade. Vontade de acertar. Vontade de não deixar o começo acabar.

Vontade de começar.

Eu só quero começar.

Vivamos.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Porque essa coisa que quase sempre me enrubesce às vezes engasga, entala, engana. Às vezes o que reclamo não ouvir da sua mão é o que eu chamo pra explicar o porque não. Porque é estranho como muda pro normal de ser ruim, pro normal de ser assim, assim como alarma uma paixão.

Porque sai de dentro um pouco. Só pra eu me lembrar o quanto amor engasga aqui. Sai.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Otelo

Mas eu não ligo, não... No fundo, eu não ligo mesmo não.
O que enceno é então a preparação para o que não sei fazer direito. É um procura e acha que achou mas não acha coisa alguma. É assim, quase todo dia. Ainda bem que todo dia sou só eu quem mora aqui.
E as declarações que eu xingo quase nunca são sinceras. Os conselhos que eu sofro quase nunca são maduros. Pra falar a verdade? Eu faria bem melhor. Eu faria bem melhor! Mas só faria se quisesse...
Por alguns caminhos prometi por dentro não seguir o que os verbos brigavam na hora. Eu só queria contrariar. Eu só queria infernizar. E eu consegui. Foi assim, então, que fiz da minha própria cabeça o inferno para o qual não estou nem aí... no fundo, não estou nem aí.
Não sei se é bom, não sei se é ruim. Eu só sei que tem sido assim...
Mas se eu pudesse fazer um pedido, eu só desejaria que os demônios saíssem do meu estômago e fossem festejar em outro lugar. O inferno tá quentinho demais pro meu amor aguentar.

Vivamos.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008



Há 3 meses cortei vícios. Há 3 meses minha vida é um saco.
Pois se o espaço é meu, eu faço dele o que bem entender.
Comecemos.
Não adianta falar. Eu posso até estar errada, mas eu acredito piamente nas minhas convicções. E eu posso não te falar, mas eu não posso deixar de reparar.
Porque a certeza é matemática: ninguém é o que diz ser. Ninguém.
Eu não posso fazer muito além de sentir muito. Ah, vocês, eu sinto muitíssimo.
Somos todos a mesma merda, não? Mas claro que aos meus olhos sou uma merda bem melhorzinha que você.
E é assim que vai a vida. Vaga, vaga. Mas ela vai e eles estão aqui. Ah, vocês não sabem ir pra não voltar.
Estou olhando tudo. Sentindo todos os tons. Confirmando cada erro. Seu.
Chega dos meus. Porque chega. Quem disse que felicidade é o que você quer ver?

Ah, viva aí que eu vivo aqui.

Vivamos.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008


Se eu tivesse que escolher algo pra acreditar eu escolheria os anjos. Não sei se estariam comigo, se deveria chamá-los em algum momento ou se me tornariam a vida mais leve. Mas seriam eles os escolhidos.
E por todas as vezes em que eu pensar em um anjo pra acreditar, meu peito vai apertar e eu sei que vou chorar. De todas as minhas memórias, a que eu sei que vai doer. A mais minha. A única que eu deixei.
E nunca vou cansar de te buscar. Porque trazer-te de volta é a razão. O peito apertado dói, mas é uma dor tão justa... E eu pago por você.
Se eu pudesse acreditar em alguma coisa, eu acreditaria nos anjos.
Minha vida. Minha paz. Minhas noites e meu sono.
Com todos eles eu vou te reparar. Mas viva. Viva em mim porque eu vivo por você.

Vivamos.

sábado, 18 de outubro de 2008

Sobre as coisas bonitas

Eu queria palavras bonitas aqui. Mas as coisas bonitas eu não sei escrever ou não é sempre que sai...

As coisas bonitas são os sorrisos que eu dou. São elas alí, quando meus olhos fecham e sentem saudade. Quando meu coração aperta de tanto gostar.

Existem coisas bonitas aqui. E são nossas as coisas.

Vivamos.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

.

Ruim. Talvez eu seja essa.
Doente. Talvez seja assim.
A onda que cobre o corpo nuns intantes tão meus, já traz o choro certo como ponto final. Final... Ponto. Parágrafo. Tudo outra vez.
Eu já não sei mais como definir. Mas eu me sinto assim vezes demais. E é tudo sempre igual. Porque a onda vai trazer o choro. E você, ele ou qualquer outro vai trazer a onda.
É pra acostumar. É pra se entregar. É pra sentir que lágrimas de ódio caem aqui. Elas caem aqui!
Mas vou tentar sempre juntar esses momentos. Vou tentar sempre. Tentar juntar... ah, eu não sei mais...

Vivamos!!

sábado, 11 de outubro de 2008

Le petit prince

"-Teria sido melhor voltares à mesma hora - disse a raposa. - Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso ritos."

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Sentimental

Eu quero pegar na sua mão. Quero beijar seu olho quando ele fechar sorrindo com vergonha. Quero sua mão na minha cintura e a minha mão em cima da sua. Quero sua voz aqui atrás... Arrepiando minha alma. Seu humor virando risada na minha casa. Quero domingo com você. Quero sorvete à tarde. Quero suar e sorrir sem dizer nada. Quero a luz certa acesa. Os acordes certos pra te olhar. O sentimento certo pra consumar. Eu quero não acreditar no que estou vendo. Eu quero tudo o que eu te digo. Porque as palavras são o que nós temos. É minha arma. É a melhor parte da minha vida.Tudo que tem seu nome é mais bonito. Tudo que me dá medo é porque quer mais. Quer bem mais.
Palavras pra você.
Porque de tudo isso, o que eu mais quero é te mostrar que o mais importante, pra mim, é você existir.
"Together we're invincible"

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Sem medo de ser infeliz

Porque por muitas vezes me resguardo e resguardo a você de ler mazelas de quem não convence. Pois agora sinto tamanha indiferença a tudo que me cerca que nada pede pra ficar em segredo.
Porque não sei mais como ver os dias sem essa maldita angústia que me enforca com uma frequência tão maldosa a ponto de me dar sono, e me fazer achar, como que um gracejo da dor, que quero dormir. Não. Essa merda não é sono! É só aquilo que te mantém vivo. Que te joga na cama e manda você ficar alí, viva. Que te sobrevive!
Se eu pudesse escolher, eu escolheria não estar aqui.
A realidade é que eu amo algumas pessoas. Que eu quero todas elas com saúde. Mas eu não queria estar aqui. Eu as deixaria se isso não lhes causasse muita dor. Mas o amor que me dedicam me prende. O amor que dedico à eles vez ou outra é o que me enforca. O que me sufoca. É isso que me faz não querer mais. É pesado. Dá medo. É vazio. É forte e é meu. É só meu, porque só eu sei sentir. E com a mesma força que amo, odeio tudo isso. Sim, não sei. Não aprendi. O aprendizado não chegou pra mim, ainda que esforçada. Mas cansada agora.
Então vou novamente deixar pra lá. Mas dessa vez com a certeza de que será pra sempre assim. Esteja quem estiver do lado.
Vivamos. Enfim.
Cíclico como são os fatos.

"Você acredita muito e se entusiasma tentando achar algo. Depois cai na real e entra em depressão. Aí volta ao normal..."

Qual o normal que se quer?

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Por hoje

Quando eu escuto esse solo de saxofone tudo fica mais declarado. E que vontade de te falar agora...

Da espera... Da vontade... Da saudade que ainda nem sabe do que é feita... De você... De nós.

Porque ‘nós’ ainda dá medo. O medo que perdeu força e virou tantas outras coisas. Tanta coisa que eu preciso te mostrar...

Chegou a hora em que o corpo precisa falar mais que os dedos. E não sei se serão poucas as palavras até que venha o abraço... ai, o abraço... Mas não importam mais elas. Importa onde elas me trouxeram. Importa elas te trazerem.

Minha paixão.

domingo, 31 de agosto de 2008

Perdoem-me pelos palavrões, mas...

Hoje eu acordei mais velha. Ah, acordei senil. E enquanto pensava na faculdade, que virou o avesso de tudo que eu gosto, um estalo estalou: já se passaram 24! Vinte mais quatro! Anos!
E de fato acho que andei muito gente boa comigo mesma no quesito idade-produção. Porque se for parar pra pensar, o canudo já deveria estar alí no armário. Socado, é verdade. Mas alí no armário. E não, o desejo de que a diretoria acadêmica da universidade pegasse fogo e todo banco de dados fosse perdido, permitindo que algum recurso me tornasse matemática graduada por w.o. não deveria mais ser tão desejado assim. Mas rapaz... querosene, álcool ou hidrogênio? Eu quero o mais devastador, pra que não reste dúvidas. Ou pra que restem todas.
Mas claro que não passei 24 anos assim, a toa. Não, meu querido. Eu produzi. Trabalhei muito. Trabalhei horas e horas diárias. Fui muito nos Correios a pé. Cheguei em muito banco às 3 pras 4, com o cú na mão de ter que pagar a multa do bolso. E antes que pense merda, não era office-boy. Nem girl. Eu era só aquela que tinha que fazer. E aquela que preciava fazer porque há algum tempo recebo um boleto salgado que garante meu lar doce lar.
E assim foi... o tempo passa, aquele entra e sai de gente na sua vida e algum tempo depois a reza sincera pra que aquele filho da puta que entrou às 3 pras 4 no banco não venha parar na minha frente. Porque eu sou uma mulher que só veste preto ou branco. Chega de ser "aquela alí de amarelo, tá vendo? Pode falar com ela!". Comigo o cacete!

E mais alguns dias passarão, não é? E em mais alguns dias a Matemática vira passado, o cliente do banco fica menos 'cliente do banco', e os 24 ficam mais saborosos.

Porque vai tomar no cu, mas ter crise nessa idade é muito mulherzinha!

Vivamos!

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Em paz

Uma mão cansada... um sorriso conquistado quase sempre (e por quase nada), e agora, o adeus que não queria ser dado.
O que começou a história lá atrás, o que virava criança e te formava rapaz, o que te fez sorrir, o que te faz chorar. O que ninguém te tira. O que ninguém te dá mais.
Porque a vida é sempre a mesma. Hoje assistimos ao final do que não poderia mais ser suportado. Porque a vida é sempre a mesma, e hoje embalamos nossa tristeza e o Seu alivio num minuto de silêncio. Num soluço. Em paz.
Porque agora tudo está diferente. E o que era dor, já não é mais. Mas o que era amor, agora é bem mais.
Receba força, amigo.
Receba meu abraço.
Refaça-se.
E continuemos aqui... seguindo exemplos. Vivendo.

Vivamos.

20/08/2008.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Frases mais ouvidas antes da morte

Achei por aí...


Atira se for homem!
Ah, não se preocupe, o que não mata, engorda.
Fica tranqüilo que este alicate é isolado.
Essa distância é segura!!!
Sim, já assinei o testamento, por quê?
Tem certeza que seu marido não vai chegar?
Sabe qual a chance de isso acontecer? Uma em um milhão.
Essa camisa do corinthians não é minha não….eu sou palmeirense como vocês
Que vela engraçada! O que significa TNT?
Adoro essas ruas pois são super tranqüilas.
Tem certeza que não tem perigo?
Olha, mamãe, sem as mãos.
Está bem, mulher, eu deixo você dirigir.
Segura ae!
Não! Relaxa que essa ai não tem veneno!
Nem acredito que vou realizar meu maior sonho: saltar de paraquedas.
Aqui é o PT-965 decolando em seu primeiro vôo solo.
Confie em mim!
Aqui é o piloto. Vamos passar por uma ligeira turbulência.
O que esse botão faz?
Capacete? Imagina, tá calor.
Eu sempre mudei a temperatura do chuveiro com ele ligado. Não ia ser hoje que alguma coisa iria acontecer.
Deixa comigo!
Eu sempre fiz isso e nunca aconteceu nada…
Desce desse ônibus e me encara de frente, sua bicha!
Você é grande mas não é dois!”
Kung-Fu nada. Eu vou acabar com você.
Vamos lá que não tem erro.
Pode mexer. É Pitbull, mas é mansinho.
Corta o fio vermelho.
Vai que dá tempo…
Buraco, que buraco?
Deixa que eu vou na frente!
Atire se for homem…
É óbvio que já fiz isso antes…
Eu não vou pagar esse agiota não…
Duvido!!!
O fogão está imundo. Vou limpar com álcool.
Você sabe com quem está falando?
Você tem 3 segundos pra sair daqui.
O quê? Você apostou tudo em cavalos?
Atravessa correndo que dá…

domingo, 10 de agosto de 2008

Deixem as palavras de apoio noutros ombros apoiadas. Aqui elas não fazem outra cena além do ato final com riscos de homicídio. Deixem elas guardadas pra daqui dois anos. Sim, daqui há dois anos eu mesma as vomito em algum coitado que não me pedir palavra alguma.

Mas hoje não é tempo pra ouvir nem pra falar. Hoje não tem palavra pra dar vida ou pra matar. Hoje, é só o dia depois de ontem. Hoje, é só um amontoado de minutos que devem ser vencidos. Hoje, a vitória é ver a noite chegar. É ouvir a noite dizer que acabou. Que você ganhou.

Então encham meus bolsos de outro vício, encham minha cabeça de outras idéias. Encham minhas mãos de outros recursos, encham minha vida de outra platéia.

Apaguemos as velhas idéias.

Vivamos.

domingo, 3 de agosto de 2008

Porque o caixa mais lerdo é sempre o da fila dos 10 volumes. Sem exceção.
E terça, os números estão de volta. A Matemática volta e com ela as dores de cabeça, crises de choro, identidade e todos esses afins. Mas tudo bem. Poderia ser pior. Não sei como, mas poderia.
Em épocas de "sentindo na pele", "de volta pra minha terra" e outros blocos dominicais de arrepiar (a medula) eu faria mais gosto pelo "dia de princesa". Ah, Brasil... eu te amo.
Ouvir a voz do Fausto é uma das piores sensações por mim já experimentadas. Quase tão ruim quanto ouvir que "as notas estão no site", "querida, vou pra balada", "sra, é do setor de pagamentos da renner". Mas... tudo bem!
Hoje faz uma noite linda! Uma chuva de arrepiar (os cabelos), um cachorro que late linda e incessantemente, um vizinho culto que arromba minha parede pra pregrar o último quadro da feira hippie e aquela dorzinha gostosa de uma gripe com vírus lindos que no meu corpinho três quilos mais magro (três!!!) querem fazer morada.
Então que venham as aulas, os vírus, a falta do que dizer e alguma coisa boa no peito pra empurrar.
Vivamos.

sábado, 26 de julho de 2008

Vai...

E num repente, parece que pouco ou quase nada. E sem sorriso, parece que nada. E num pedido de ajuda, parece que pouco.
E noutro repente, parece que ela já não mais via vontade. E noutra sintonia, ele sem saber de coisa alguma.
A hora que sempre chega, parece ter vindo pontual. Pressentida. E a encontrou sem fazer chorar. Talvez uma lágrima ou duas só pra sentir que aconteceu. Porque lágrimas são como ponto final que você escolhe em qualquer momento. Chora-se quando se deseja que aquilo acabe. Que venha o alívio. A definição. Triste é precisar de trilha sonora pra isso.
Anestesiamo-nos. Deixamos que assim fique, porque das dores, a menor. Cercamo-nos. Zelamo-nos. Construímos o emaranhado que não os dá acesso. Por vezes, uma mão pra fora dos fios, apenas pra lembrar como era e, no primeiro arranhão, puxamos-a de volta. Voltamos ao venho ritmo, ao mesmo círculo em que regem as mesmas regras. E quase sempre contamos com um membro ausente. Mas sempre sabemos que ele voltará. No primeiro arranhão, voltará pra nós.
Hoje está tudo tão barato e é pra lá que quero ir. Já estou pronta e não quero que me segure a mão. Deixe-me que vá porque a vontade de ficar ficou em algum lugar por você escondido. Eu já parei de procurar. Agora quero ir e os que pouco sentem também querem seu lugar ao vento.
Não será tão difícil. Infelizmente.

Vivamos. Vivamos assim.

domingo, 20 de julho de 2008

Passar uma noite em claro pode ter mil razões. Um suspiro, duas mil.
Ouvir um conselho nada mais é que ouvir um conselho. O que você fará com ele não depende das palavras que ouviu, e sim de quem as falou.
Passar uma noite em claro seguindo um conselho que contraria outro é suspirar aliviada.
Aqui é suspiro. Aqui é alívio.
E nada mais posso falar sobre o fora daqui. Nada sei. Nada importa além do que me contam.
Eu acredito em gestos. Eles são quem o fazem ser. E se forem mentidos, o teatro contará com a platéia certa. Cabe a nós rasgar o ingresso e ler um livro.
Cabe a nós não dormir essa noite. Cabe a nós suspirar.
A noite é o fim de cada dia. Cada dia me trará uma noite. E eu quero todas.

Vivamos.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

"Eu conheço o medo de ir embora,
o futuro agarra sua mão..."

sábado, 12 de julho de 2008

A oração dos que só amam

Mãe, estou aqui agora por você. Como num templo, eu me ajoelho diante das palavras e imploro pela sua cura. Entre lágrimas e todo desespero que sinto quando não estou segurando a sua mão, vou colocando aqui todo meu amor, todo meu otimismo e todas as minhas forças por você. Você, mãe, você e só você é a única pessoa pra quem eu daria minha vida. Se eu pudesse sofrer todas as suas dores eu começaria a sentí-las agora.

Meu maior amor é dedicado a você. Tudo que eu tenho de referência está no seu corpo. Tudo que eu tenho de melhor está focado na sua vida.

Eu nos vejo saindo desse lugar e de tudo que te traz dor. Eu te vejo nas roupas novas que estão no armário te esperando vestí-las. Eu te vejo sorrindo no meu aniversário. Eu te vejo linda, como você é. Eu te vejo aqui, perto de mim. E é isso que a vida tem que nos trazer. Vida. Eu quero vida. Eu quero você.

Minha vida não tem mais nada além, agora. Tudo parou pra te ver reagir.

Eu choro de medo. Eu sinto suas dores. Eu estou aqui por você. Nada mais me importa.

Mãe, eu amo você. Fique comigo.

domingo, 6 de julho de 2008

"Dorme cedo".

"Apaga a luz quando sair".

"Quer leite?"

"Dorme com os anjos".

É... saudade de casa. Meu quarto, mamãe aqui do lado, irmão disputando computador...

Ê família... escrever de longe já vi que é outra história. Voltar quando precisam de você é ver que você também precisa deles. Esse cheiro está me fazendo querer senti-lo mais vezes.

Custa caro a independência. Mais que uns reais mensais. Mais, muito mais. E é boa. Inegavelmente boa. Mas cansa poder fazer o que quiser na hora que bem entender. Acostuma-se e vira outra família. A sua e só sua. Faltam regras. As mínimas. As mais bobas. As que te formaram...

Eu sei que vou voltar pro meu canto, pro caminho sem volta. Mas agora eu quero ficar aqui, ser filha, irmã, não ser a única.

Saudade boa. Saudade de quem a está matando no momento.

E vamos lá, vamos fazer o que tem que ser feito pra que sempre possamos voltar e ver que sentimos saudade de tudo que ficou mais longe um dia. Que todos estejam por aqui o maior tempo possível, e que jamais será o suficiente.

Vivamos (juntos).

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Parece que pra todo momento existe a pessoa certa. Pra toda dor um colo certo, que ninguém pode substituir. Pra todo problema o que vai dar o conselho certo. Pra toda falta de vida, o que vai te mostrar que é possível não pensar nela um pouco.
Eu não sei o que mudou tanto um dia, mas alguma coisa aconteceu, e nada mais anda. Volta e meia fora da anestesia, mas volta e meia é muito pouco pros dias que correm. Tudo se desorganizou, saiu dos trilhos e nunca mais voltou.
Eu estou me abandonando e minha vida já começa a dar o troco.
Mas de todas as coisas, a única que me importa eu sei qual é. E o coração bate por ela. E o coração dela nunca vai deixar de bater, porque quando isso acontecer eu estarei livre pra parar a dor.
Mãe, eu amo você.

sábado, 14 de junho de 2008



















Fim de filme água com açúcar. O resultado.

"Os inícios metem medo e os finais, normalmente, são tristes. O meio é aquilo que realmente importa".
Passou por dentro outro filme, numa cama confortável, com as luzes certas acesas e um corpo que só queria ficar deitado. Ele mostrou os que conheço desde sempre. Os que só conheci porque quiseram que isso acontecesse. Ele me fez chorar. Ele até me mostrou que estou sozinha agora, mas que não me sinto assim. Ele até me mostrou que é fácil se achar sozinho, mas que você só deixa cair lágrimas quando vê que, por mais que volte, não encontrará mais ninguém. Enquanto houver chance em rever, ninguém está só.
"So let me out"...
Porque eu não sei até quando vou poder voltar e ver vocês lá. Mas assim é a música. Vocês também não sabem até quando estarei aqui e, no entanto, esperam que eu vá. Sempre.
E eu vou. Seja para sorrir um sorriso com vocês ou jogar uma rosa que cai no embalo de outra lágrima.
"So let me out"...
Onde quer que eu esteja, nada vai me impedir de amá-los. Ainda que não sintam. Ainda que não vejam. Eu não estou sozinha. Mas não estou mais com vocês. E talvez seja assim... a tal da vida que há uns anos me deram. A tal da vida que ainda tento entender se foi feita pra ser entendida.
Estou bem. Eu acho que as coisas estão indo, por mais estagnadas que estejam. Por mais que minha gaveta me envergonhe. Por mais que tudo mais.
Nada disso importa.
Eu amo vocês. Mas o filme me fez chorar.

Vivamos.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Quarta-feira.

Eu detesto admitir, mas é a vigésima oitava vez que entro aqui, começo a escrever e apago sem nem direito a um rascunhinho nos meus documentos.
É, talvez minha vida literária tenha chegado ao fim (comovam-se, por favor). Talvez tenha esgotado os temas. Mas ainda não vou falar que enjoei de escrever. Afinal, é uma das poucas paixões. E é paixão.
E por falar em paixões, um (querido) amigo me relembrou esses dias o que eu pensava sobre o assunto há uns meses atrás. "Imune". Imune. Imune!
Quem dera fosse ou quem dera não seja?
A menininha que antes escrevia no word, pra realmente ninguém ler falava mais da vida. Botava mais vida nos textos. Tinha mais coisas a falar. Mais descobertas a serem palavreadas. E quando eu entro pela vigésima oitava vez no que virou blog e saio dele apenas lendo o último post, me sinto mais vazia. Pobre.
E, no entanto, a vida não parou. Ela está aqui, mesmo sem eu ter pedido, ela está aqui e alguma coisa me diz que estou vivendo. Onde foram parar minhas palavras então? Onde estão minhas almas desvendadas? Elas estão?
Oh, amigos... estou triste. Eu não sei mais escrever. Eu não sei mais transcrever. Logo agora... logo agora que eu sinto tanto. Algumas partes de mim adormecidas. Outras partes radiantes. Outras choronas. Outras medrosas. Outras "vamos à luta". Mas é... já deu pra perceber que fiquei demasiada explícita. Não gostava do formato, mas agora está bom. Por ora, aqui, sentada, cansada, sozinha, está me fazendo bem. E já que tudo fugiu pela segunda vez na minha história blogueira do padrão "vivamos" de ser, vou continuar e dizer mais algumas coisas.

Uns dias tão estranhos, uns dias tão bons, uns dias tão vividos, se isso for viver. Umas esperas tão imaginadas, umas alegrias tão fortes. Estou apaixonada. E confesso... ainda há medo em dizer isso, assim. Quebrar os conselhos de papai, para que "não mostrasse a bunda". Mas ah, pai... se for isso que trouxer o arrependimento, então melhor que saibamos logo à quem estamos entregando os sonhos, não? E aí viria uma puxada pelo pé no chão, um certo zelo e eu terminaria dizendo: "Entregando, não. Dividindo. Talvez emprestando. Alugando. Confia em mim, pai."
Ai, ai...
Amanhã é quarta. Quarta nunca costumou ser um bom dia pra mim. Eu ainda me lembro que as aulas de Matemática na sexta série eram nesse dia. Agora todo dia é quarta pra mim. É como a segunda pra vocês, talvez. Acordar e todos os dias ser segunda. Tipo pesadelo. Tipo inferno mesmo. Mas eu vou esperar a quinta. Eu vou lutar por ela. Depois disso eu vou acordar numa dessas e encontrar uma mão já acordada no meu cabelo. Eu vou.
Antes de "publicar postagem", só quero agradecer aos meus fiéis leitores, que nem sempre devolvo com comentários tão bons quanto os que recebo, mas que sempre são lidos. Dividir umas palavras com vocês é tão bom quanto escrever. Ler o que escrevem é tão bom quanto ser lida por vocês. Apetece.
E pra arrematar, um pouquinho de palavra pra alguém que já me pôs pra chorar hoje...

Vivi, linda. Pode ser que nada mude, mas se mudar, será pouco. Ainda assim, quero registrar que você é uma das melhores pessoas que eu conheço. Sempre achei brega dizer isso, mas você é minha melhor amiga. Prezarei sempre." =~ "

Enfim... vamos escovar os dentes e descansar pra amanhã trabalhar. A vida. As minhas quartas. Por um mundo melhor. Que venham as quintas.

Se segura, malandro.

E, vai... vivamos!!

sábado, 31 de maio de 2008

E no fundo eu sei que em nada posso confiar além das coisas que me formam...
Porque no fim eu sei que vou voltar ao velho pensamento, quando a velha angústia sufocar lá dentro...
Mas na hora eu vejo, quando cair me queixo...
Não é agora, não tem história, não faz memória... então vai lá, vai caminhando, vamos andando e as pedras jogando...
Até sorrir assim. Até chegar ao fim. Até morrer por mim.

Brindar à quê?

sábado, 24 de maio de 2008

Eu mudo a luz de lugar, eu mudo tudo. Somem os velhos reflexos. O que estava escuro já posso ver. A casa é outra. O sentimento faz mais sentido agora.
E o que mudou aqui?
São os mesmos que me falam. Os mesmos que me olham. Só não os mesmos que me encostam. Que me respiram. Não são os mesmos. São bem diferentes.
Sou a mesma que já fui. Diferente da que já era. O que eu quero mudou de lugar. Apaguei a luz. Acendi os olhos. Encostei os lábios. Tranquei as portas. Aumentei o volume.
Perdi a hora.
São os dias que falam, as horas que passam. Não vou pensar, não vou mudar. Vou esperar que o mundo resolva tudo por mim. Estou cansada e não quero me mexer agora. Entrego à vida o que ela me entregou. Devolvo daqui, do mesmo lugar. Sentada. Porque estou cansada e não vou me deitar.
Apaga a luz. Eu preciso enxergar.
Fala mais alto. Eu preciso escutar.
Grita mais baixo. Eu não estou pra lutar.

Vamos. Vamos.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Tempo, tempo... não peço muito, não sonho que faça esquecer, mas uma faísca de aceitação já faria luz.
Sonho, sonho...
No meu mundo particular, onde reservo-me o direito de sofrer em paz, de chorar até a cabeça pedir "pára, pelo amor de 'deus'", vou vivendo.
Vive comigo aquele que entende.
Então mata de novo! Vamos lá, Sr. pesadelo! Passa por cima e esmigalha tudo! Mata tudo! Mais uma vez que ainda não deu pra morrer! Vamos!
Por todos os dias que eu viver, pra cada minuto que eu pensar, lá estará tudo de novo. Pra cada terror que eu sentir, lá estarão aquelas caras! Meus monstros. Malditos. Odeio todos vocês.

Morram tanto quanto me mata(ra)m!

sábado, 3 de maio de 2008

Desabafo

Ah, o Orkut!
Visitando alguns profiles fofos e cheios de florzinhas, borboletinhas e comunidades que "amam muuuuito", senti-me no direito de dar voz à minha falta de "mulherzinhice". Ctrl C - Ctrl V num texto típico e pronto! O direito está exercido!

E o texto é:


"Encontre um homem que te chame de linda em vez de gostosa." - Não, muito obrigada. Eu quero o que me ache linda, me ache gostosa e deixe isso claro. Porque eu sou e ele sabe.

"Que te ligue de volta quando você desligar na cara dele." - Fofuxa, não desligue o telefone na cara de seu macho. Você não "ama muuuuito?" Ah, nãão... ele falou que seu cabelo estava estranho?! Então, ok, ok... desligue então. Joga seu charme, lindona!


"Que deite embaixo das estrelas e escute as batidas do seu coração, ou que permaneça acordado só para observar você dormindo." - Querido. Tem n formas de você ouvir as batidas do meu coração apaixonado. Então encosta essa cabeça nos meus peitos, ..., e escuta. Agora, se quiser dormir, então durmamos os dois! Em caso de insônia, o chá fica na segunda gaveta a direita.


"Espere pelo homem que te beije na testa." - Tá, e depois?


"Que queira te mostrar para todo mundo." - Que me esconda de quem não presta e reserve minha imagem à quem interessa.


"Um homem que segure sua mão na frente dos amigos dele." - E diga: tô comendo!


"Que te ache a mulher mais bonita do mundo mesmo quando você está sem nenhuma maquiagem." - Amiga, você quer um homem sincero? Então vá retocar esse olho borrado!


"Aquele que te lembra constantemente o quanto ele se preocupa com você e o quão sortudo ele é por estar ao seu lado." - Aquele que me faz pensar em todas as coisas, afinal: ele é foda e só por isso está ao meu lado.


"Espere por aquele que esperará por você... aquele que vire para os amigos e diga: é ela!" - "É ELA! TÔ COMENDO!"


Aos homens: refinem a seleção.

Às mulherzinhas: 's2' (argh!)

Às mulheres: nada a desejar. Elas sabem o que tem que ser feito.

Vivamos!!!


Desce mais um

Pronto! Acabo de tomar a dose diária do veneno de olhos verdes e cá estou: pronta!
E é, amigo... entraste em má hora. Mas como veio, foi. Veio apenas trazer uma palavra de conforto quando pareceu adivinhar (mais uma vez) meu momento. Meu problema. Meu (sado)masoquismo.
Porque todas as palavras que não sairam dos meus dedos foram fracas. Nenhum sorriso foi sentido, quiçá esperado. Quiçá. Quiçá querido, quiçá adorado.
Abre essa porta e deixa ir!
E já não sei mais se falo isso ao leitor, ao próprio autor, ou à donzela do pudor! Já não sei mais se o consolo diluiu, se a vontade passou, se o tremor quebrou. Tarde demais pra pensar...
O que eu escuto agora não é o que contorna os lábios. Era pra ser?
Mais um copo, por favor! Mais um copo porque estou ficando mole demais.
Mas... tarde demais. Se eu não tivesse 23 e houvesse algum entorpecente correndo no sangue, muito mais fácil seria. Mas não trabalho com hipóteses nulas. Logo... decorei.
A segunda dose do veneno tem eficácia inegável. Se não se matar com a primeira, amigo, estufe o peito, levante o copo e beba o segundo! É tiro e queda.


Vivamos (ou não)!

domingo, 27 de abril de 2008













Vou derramar agora tudo que foi guardado pra você, que não quis ser 'por aqui'. Porque meu coração bate agora e bate em quantas partes ele puder.
Sorriso que treme.
Tudo que sorri te espera, no melhor dos sonhos, na melhor hora, que sempre é essa. Por quantas vezes pensar em você, por quantas vezes desejar do meu lado, por quantas vezes estiver comigo. Em mim.
Nada vai me parar... nada vai ficar no tempo. E se água virar, eu bebo! E você me responde à altura. Seca minha insensatez.
Fique comigo mais uma noite. Fique comigo mais um pouco porque eu quero sentir de novo.
Antecipa minha palavra.
Devolve meu beijo.
Rasga a foto.
Se agarra no seu medo porque é pra isso que estou aqui. Eu vim te dar a certeza. Eu vim tomar o lugar dele.
Vou deitar mais uma vez com você. Vou deixar meu corpo dizer o que sente. Vou ficar do seu lado. Na distância exata.
Me segure mais uma vez, me prenda de novo.
Já não cabe mais... não sabe meu corpo de que jeito mostrar que irreal é não querer você.
Que falem as vozes, falem mais que estou ficando surda!
É só batida agora.
É só meu corpo e o seu. Minha alma e a sua. Minha alma...

Vivamos!!!

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Um minuto de soluço

Mas ela só sabe gostar... querer, querer e assim vai. Ela não saber dizer. Mas parece chorar, chorar e assim vai.
Vem palavra, vem silêncio e tudo vai... vai voltar pro que ela quer. Mas quer assim, naquelas de quem vai, vai, sem pensar, sem sonhar...
E o sorriso vem, vai... vem naquelas de quem espera a próxima pra continuar.
Menina sorrindo... menina bonita... menina que cai.
E lembra dos medos, esquece as respostas. E deixa pra lá o que não mudar nada.
Só fica alí dentro o que passa pra fora. Só fica de fora quem não chega lá dentro.
E vai pra perto, fica de longe e só falta saber onde mora a menina.
Perto de quem?
Longe do que?
Mas passa o minuto e é como se passasse toda a vida. É como se a vida voltasse. A porta já fecha. O soluço já pára. A menina já era.
Pronto. Agora ele vai... atrás dela ele vai.
Sai, sai... a menina não trai.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Até logo, amigo!

Acho que nunca me despedi de alguém, mas chegou a hora.
E eu nunca vou me esquecer de que "a vida não é linear". E foi nas entortadas que ela decidiu que era hora de você ir pra longe.
Longe... nem sei mais o que é isso! Só sei que vai fazer falta.
Das aulas de cálculo, do consolo vermelho, das caronas a pé, levando minha mochila, reclamando, sorrindo, me irritando...
Das risadas patéticas, dos pedidos de ajuda, das confissões dos segredos...
Do ciume de pai, do excesso de zelo, dos erros por isso...
Dos grafites emprestados, dos lanches, do falar dos filhos, das lágrimas que eu chorava por fora e você escondia por dentro...
Do abraço sincero, das teorias do caos, do recato...
De nada disso vou esquecer. E não há mágoa que te faça menos especial. Porque a vida é essa. Leva e traz. Erra e refaz.
E vai ficar muito de você por aqui, porque amizade talvez seja isso. Quando alguém deixa alguma coisa dela em você e te faz carregar por aí, ainda que você não perceba.
Meu anjo... vai! É tudo assim mesmo. Hora de chegar e hora de ir. Ir pra uns, chegar pra outros. Está indo pra mim, mas acredite que ainda fica muito por aqui. E o que vai, vira saudade e "como dizia um amigo meu"...
Desejo os melhores passos, as melhores companhias e que não me esqueça. Que algo de mim também tenha ficado em você.
O abraço, eu também não agüentaria dar... então embrulho minhas melhores lembranças e palavras num laço e as leve com você.
SUCESSO!
Vai! A vida te espera!

Um grande abraço, algumas lágrimas e uma saudade que já aperta o coração.

Felicidades, meu anjo!

Obrigada por tudo.

Eu adoro você.

Roberta.

sábado, 12 de abril de 2008



E não é nada, não sinto nada, não sofro nada. É minha fuga, minha culpa, sou eu adulta . Me deixe em paz, nao fala mais, não pensa mais.
Não faz sentido. É minha vida e não a sua. Só tenho o meu, você o seu e nada é nosso.
E se eu cair feche a janela que eu vou dormir. Não volto mais, não sinto mais, acaba aí.
Mas se eu voltar fique sabendo que posso explicar. A causa é justa e não me custa cuspir em vão.
Só falo mais se esse mais trouxer o fim. Porque o fim é o que tenho e por ele volto atrás.
Pra que não reste dúvida.
Pra que não deixe sombra.
Pra que descanse em paz.

segunda-feira, 7 de abril de 2008
























Pois se alguma suposta divindade me jogou um raio na cabeça na hora do parto, acertou na mosca! E fez tão bem feito que nem algum dano cerebral houve de ter causado. Nem depressiva consigo ser. Nem pra isso! Mas nem sequer um simples desequilibrío químico que me sirva de desculpa. No máximo uma tpm companheira que enlouquece e contagia no ritmo de Ilariê todos os pobres vizinhos de vida.
Procurando por um gato ou um sapo, um beijo ou um "vem cá minha nega", já não estou mais não. Ok, não pedi para acreditar. O fato é que, de um lado, há muita abstração pra pouca matéria e, por outro, o contrário. Por definição, sou fiel à primeira. Na outra, uma puta preterida da vistosa Saldanha Marinho.
Só me resta agora calçar as meias antes de enfiar os pés pelas mãos no próximo buraco.
E já faz tanto tempo que peguei a enxada que mamãe me daria polainas para garantir.
Nada que uma palavra não resolva. Nada como o fim de um ciclo - seja ele de uma vida inteira ou de 28 dias.
Por hora, a estabilidade continua instável. Previsão de sol no fim de semana, com leves pancadas durante a madrugada.
Só mais uma olhada pra garantir e pronto: já posso ouvir o ronco dos que não estão nem aí para a mosca.

Vivamos.

quarta-feira, 5 de março de 2008





















Toda vez em que me vejo no meio do branco, tudo escurece. O que parecia ser claro, no claro ficou.
Mas, por favor, meu amigo.... não me diga que não posso fazer. Não me diga isso... passarei os dias a executar o proibido. Então não me fale para ficar longe. É meu ingresso pra chegar mais perto. Não me diga que aqui é proibido isso ou aquilo lá, pois se nunca pensei em fazê-lo pensarei em como pude não tê-lo feito antes! E farei todos os dias! Só pra te contrariar! Só pra te matar de raiva. Só pra te deixar incapaz.
Não me mostre onde não posso pisar porque será alí que pisarei pra te enterrar. Não me olhe com essa cara de desgosto, porque seu mau gosto foi quem te pôs aí!
Não me olhe.
Não me ame.
Não me chama.
Só não deixe de me contrariar. De me proibir de pisar. De me dizer que não. Ou enlouqueço.

Um brinde! Brindemos!

Vivamos!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008


















Ela não podia mais falar. Não tinha mais nada que confortasse o que chamam de coração. Não havia mais palavras a explorar. Nada poderia pôr fim ao que insistia em derramar. "Lágrimas por ninguém". Mas lágrimas. Que vão e voltam. Que tiram o sorriso que já gostaram de olhar. Que machucam o corpo que só pretendem pegar.
Músicas que não fazem mais sentido. Tristeza que não quer mais ser curtida. Tristeza que virou só tristeza. Dolorosamente genuína.
Lados que não se tem pra escapar. Luzes que não acendem pra ela poder apagar. Tudo já está escuro agora. Nada aqui vai passar.
Chorar já não cabe mais. Mas as lágrimas... elas não precisam dele pra serem quem são.
Beleza que não atrai. Piada da vida. Cilada.
Ela não tem conclusão. Não tem devoção. A palavra que não quer ser escrita.
Aonde está você? O que eu faço aqui com essas teorias que a vida me fez criar? Onde posso jogar essa angústia de não ser nada? Em que eu posso acreditar?
Em que?
A dor de ser quem ela era não seria jamais vista. O sorriso que insitia em aparecer nunca deixaria que o mundo soubesse o quão pesado era pra ela.
A vontade de apagar o sofrimento a fazia sofrer. Geraria mais e mais lágrimas, especialmente à quem gerou tudo isso. E assim ela foi... sem saber se deveria continuar indo. Mas foi. E não merece nada do querido mundo por isso. Não há mérito. Ninguém esperou nada dela. Ninguém sequer pensou. Ninguém, ninguém nunca pensaria nela. Não como ela. Porque, por fim, só ela se daria as honras. Nada mais.
E quando batia a tristeza, ela sabia exatamente a quem recorrer. E por vezes seu porto seguro já não estava tão seguro assim. Corre ela pra que lado agora se não há lado pra correr?
Devolve pra quem as dores que doeram nela?
Por um sopro de conforto ela vai levantar. E por um sopro de vida ela vai viver. Sempre viverá. Sempre um sopro.
Cadê você?

domingo, 24 de fevereiro de 2008
























A inspiração andou correndo de mim e eu andei apenas, sem muitos sobressaltos até dois dias atrás.
Mas as palavras sempre voltam, porque a vida sempre muda, e por mais que me faltem as condições que preciso para escrever, nunca me faltam os temas.
Pois bem alegre acordei na manhã de hoje, que já era quase uma tarde de hoje. Aqueles nomes bonitos que os psicólogos usam para falar dos sonhos mereceriam minha falta de ingorância para poder chamá-los. Quase uma troca de favores, afinal, na noite passada, foram-me muito graciosos.
Uma vez com os olhos abertos e o coração querendo se manter fechado volto ao mundo em que consigo ser transparente. As palavras colocadas com as mãos que as escrevem sempre serão parte de mim. Sempre serão a única forma de me fazer entender pois nunca conheci alguém tão fracassada na arte de se expressar verbalmente. Consigo com a boca, a deprimente façanha de escolher o tom, os verbos e as feições mais inadequadas. E depois de percebido isso, resolvi que era hora de silenciar. Ninguém entenderia o que realmente eu pensava sobre algum qualquer caso. E isso acontecia porque eram boas entendedoras. Eu falava tudo da pior forma possível. Já consegui dizer exatamente o contrário do que estava tentando teorizar. Mas, enfim... o pretérito foi só pra dar um ar de sabedoria. Isso tudo ainda acontece nas poucas vezes que arrisco abrir a boca para falar de mim.
O estado de graça não sei por quantas horas vai durar. Sei apenas que vai ter fim. E já ficou difícil saber se a causa do coração leve e ansioso é pelo motivo mais evidente ou se é por comprovar que felicidade vai e volta. Ultimamente, ela tanto mais andou indo que já me deixou no estado ideal para vislumbrar o fundo do poço. Ela me deixou feliz com pouco. O que me reza a alma é que felicidade é esse aperto no peito pela espera de que todo o inesperado mais que esperado te atinja, e você veja que o que a vida estava te dando, dessa vez não era uma rasteira. Era amor. E, portanto, não era pouco.
Ao amor dos novos dias!

Vivamos!

domingo, 17 de fevereiro de 2008

















Não dessa vez... não vai dar pra dizer que é só brincadeira. Talvez nos fosse mais conveniente. Talvez me fosse mais tranquilo. Talvez te fosse mais confortável.
Talvez seja melhor mudarmos de assunto. Talvez seja melhor não matar a saudade. Talvez seja melhor deixar o talvez de lado. Mas quem sabe o que passa por dentro? Quem sabe o que deve ser dito?
Talvez eu te olhe nos olhos. Talvez eu me vista de anjo. Talvez eu tire minhas roupas.
Talvez eu te prenda por aqui. Aqui. Só aqui.

Vivamos!

sábado, 16 de fevereiro de 2008
























Por quantos trechos andamos num silêncio que nos entregava os pensamentos. Em quantas risadas nos perguntamos se éramos nós. Quantos olhares foram precisos para dizer o que a boca nunca conseguiu. Quantos "adeus" tive que dizer à mim mesma pra te tirar daqui, desentranhar, te adorar... e tudo foi bem feito...
Hoje, está à caminho. Não sei o que está sentindo, não sei que alegria ela te leva, mas alguma deve haver. Eu? Eu sou a pedra. Cuidadosamente colocada. Alojada no lugar exato onde vai tropeçar. Tropeça no beijo, trumpica no "quem é essa?", esborrache-se. Anda com ela nos mesmos trechos e preenche o espaço dos nossos silêncios com alguma bobagem que ela há de te dizer. E. quando ela disser, sorria. Sorria perguntando-se se é ela. Enforque-se com a resposta. Olhe bem pra ela. Olhe em volta. Olhe de volta pra ela e assuma o título que resoveu honrar.
Pouco pra mim? Nunca foi. Pouco pra você é você mesmo. Você, que escolhe as baixinhas pra parecer mais alto. À mim não encanta. À você não levanta. Caminhe agora.
Segurem as mãos, segurem os cabelos, segurem-se. Sem medo à quem possa se amedrontar. Não há o que temer.
Há muito me tornei o inalcançável. Talvez sempre tenha sido, embora num minuto de silêncio ele tenha pensado o contrário, sorrido por isso e me olhado como (quase) só ele soube olhar. Mas logo passou e aqui estamos. Eu de um lado, ele do outro, ela do lado.
"Minhas mãos estão cansadas".
Canseira mesma das palavras que já te dediquei. Palavras dadas à quem não aprendeu a ler. À quem não tem quem ensine.
Em silêncio, agora sozinha, sem pensamentos, sem nada mais. Apenas uma pedra. A pedra que não escolhi ser. A pedra que sou.

Em paz, atrás, dando adeus ao pobre incapaz.

Vivendo, escrevendo, pondo o mundo nos meus mundos de remendo!

Vivamos!

domingo, 10 de fevereiro de 2008

"Joga fora no lixo"


Mas não jogue qualquer coisa! A lixeira é cara e não é sua!

Brasil de terra calma, Brasil de escrava Isaura, Brasil que dói na alma.

A primeira vez em que as mãos abriram a porta, na primeira vez em os olhos olharam pra dentro. Nunca vou me esquecer da sensação que esse lugar provocou. Da paixão que não precisava de mais nada para existir. Eram só os meus montes de tijolos, nem tão meus assim, fazendo de uma menina sua moradora mais devota.
A casa em que chorei por tantas noites, na companhia de quem não sei se mereceu compartilhar. A mesma casa que não foi apenas o palco dos meus meses mais felizes: foi a própria felicidade.
Todos os dias em que entro no meu lugar percebo que a vida, definitivamente, muda. Que nada precisa mudar. Que tijolos não se mexem. Que tudo pode estar como sempre foi. Mas que você nunca será igual por muito mais que dois dias. E isso, definitivamente, transforma qualquer lugar, qualquer pessoa, qualquer sentimento.
O que fica é o que você vai lembrar. Nada além de lembranças pra mim é a vida. Porque tudo vira passado em um segundo. Porque você nunca vai estar no futuro. E o presente me parece curto demais pra ser sentido.
Que as paixões se renovem sempre. Que as boas ilusões sejam sempre cultivadas. Porque é de sensações que se faz uma vida. Porque é de sentimento que se faz um humano.
Que os dias passem, que as pessoas mudem, que a vida se renove. Não um desejo. Mera constatação. O desejo é de que existam corações apertados de felicidade enquanto a vida for vivida. Enquanto for sentida.
E que as portas sempre sejam abertas. Que os olhos sempre se apeteçam com a paisagem.
Entre. Saia. Mas fique um tempo alí dentro. E, quando sair pela última vez, sinta o orgulho de ter estado alí dentro. Sinta o imenso prazer de ter tido uma vida.

Vivamos!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Cariño


Hoje tirei a noite para ler. E ler, por aqui, sempre traz acima a paixão por palavrear.
E, na verdade, tirei meus minutos insones para reler. Nada de grandes obras. Apenas e-mail's de uma velha paixão.
Frases soltas, juramentos tão eternos quanto eram no momento em que foram escritos. Acabada a paixão sobra apenas a risada inevitável de se ver há anos atrás. De se ver hoje e achar que está melhor. Apenas uma percepção. Palavras de hoje que daqui há dois anos jogarão no mesmo time. Palavras que serão sorridas.
E está tudo fugindo da minha normalidade. Não escrevo assim. Esse não é meu diário, nunca pretendi que fosse. Mas se hoje deixo que as coisas me tomem, que tomem todas.
Pois falemos de velhos amores. As declarações desmedidas, tudo que já foi o mais desejado e que hoje não passa de risada fácil de uma madrugada de segunda (em férias).
E como são boas as férias, não?
Voltando.
Não. Indo. Não 'me encanta' voltar. Eu quero ir. Ir pro que tem de novo, de bueno, aos novos aires.
Hablar con el corazión. O portunhol ao qual resolvi me dedicar. Que inspira os dias. As noches.
Que vengan las noches. Ven a mi lado.

Besos... buena vida!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Nada, amigo.



















E se sentir que nenhum esforço a mais compensa, pára. Deixa as mãos lavadas empurrarem pro contorno.
Mas se sentir que não há sussurro que arrepie, então assopra. Faz bem errado pra poder chorar depois.
Ah, se não adiantar dizer mais nada, abraçar o seu ninguém, lamentar o mal amado, então deita, rola, morre por dentro e pula, pula por fora e cai fora.
Já não há dia que te espere. Não há lugar que te caiba. Não há nada que te ameace, porque é nada que tens aí.
Tens nada, amigo. Tens porra nenhuma. Tens malemá um pulso como ingresso.
Te encontro lá embaixo. Devagar e pela sombra.
Te encontro.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008























Uma música pra elevar o coração, um momento pra entrar em ação, um papel pra sentir que é verdade. Vamos.
E quantos são os dias em que fica frágil ser assim. As vontades de tirar de perto o que te abaixa a cabeça. Te empurra e você assiste, respeitosamente, no lugar de sempre. Respeitosamente massacrado.
E quão bons são os dias em que todos são colocados em seus lugares. Você no seu. No topo. Eles abaixo. No chão. No lixo.
E que satisfação me traz amassá-los e aprender que ser alheia não é tarefa fácil (mas que satisfação me traz).
E nunca houve, nunca haverá, jamais virá pra cá alguém melhor que você. E ninguém nunca terá beleza que supere a sua. Riso que encante mais. Olhar que perturbe igual. No seu espaço, o que lidera. Na sua vida, quem manda. As suas escolhas, o único que veta.
E como é bom sacudir o lenço à voces, queridos (as)... dar o adeus mais sincero. O que parece que te leva pra perto de novo, mas que você sabe ser último.
Porque me faz bem não ser o alvo do que te atira, do que te compõe. Me deixa forte, me deixa leve, me deixa ser Roberta.
Eu quero vida enquanto houver uma pra viver! Quero amor enquanto existir um pra enlouquecer. Quero um vício enquanto existir prazer em errar.
Meu verbo mais bonito. Meu prazer em viver. Minha satisfação em ser todas minhas escolhidas miudezas, formando uma.

Vivamos... mas vivamos bem!