quinta-feira, 26 de junho de 2008

Parece que pra todo momento existe a pessoa certa. Pra toda dor um colo certo, que ninguém pode substituir. Pra todo problema o que vai dar o conselho certo. Pra toda falta de vida, o que vai te mostrar que é possível não pensar nela um pouco.
Eu não sei o que mudou tanto um dia, mas alguma coisa aconteceu, e nada mais anda. Volta e meia fora da anestesia, mas volta e meia é muito pouco pros dias que correm. Tudo se desorganizou, saiu dos trilhos e nunca mais voltou.
Eu estou me abandonando e minha vida já começa a dar o troco.
Mas de todas as coisas, a única que me importa eu sei qual é. E o coração bate por ela. E o coração dela nunca vai deixar de bater, porque quando isso acontecer eu estarei livre pra parar a dor.
Mãe, eu amo você.

sábado, 14 de junho de 2008



















Fim de filme água com açúcar. O resultado.

"Os inícios metem medo e os finais, normalmente, são tristes. O meio é aquilo que realmente importa".
Passou por dentro outro filme, numa cama confortável, com as luzes certas acesas e um corpo que só queria ficar deitado. Ele mostrou os que conheço desde sempre. Os que só conheci porque quiseram que isso acontecesse. Ele me fez chorar. Ele até me mostrou que estou sozinha agora, mas que não me sinto assim. Ele até me mostrou que é fácil se achar sozinho, mas que você só deixa cair lágrimas quando vê que, por mais que volte, não encontrará mais ninguém. Enquanto houver chance em rever, ninguém está só.
"So let me out"...
Porque eu não sei até quando vou poder voltar e ver vocês lá. Mas assim é a música. Vocês também não sabem até quando estarei aqui e, no entanto, esperam que eu vá. Sempre.
E eu vou. Seja para sorrir um sorriso com vocês ou jogar uma rosa que cai no embalo de outra lágrima.
"So let me out"...
Onde quer que eu esteja, nada vai me impedir de amá-los. Ainda que não sintam. Ainda que não vejam. Eu não estou sozinha. Mas não estou mais com vocês. E talvez seja assim... a tal da vida que há uns anos me deram. A tal da vida que ainda tento entender se foi feita pra ser entendida.
Estou bem. Eu acho que as coisas estão indo, por mais estagnadas que estejam. Por mais que minha gaveta me envergonhe. Por mais que tudo mais.
Nada disso importa.
Eu amo vocês. Mas o filme me fez chorar.

Vivamos.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Quarta-feira.

Eu detesto admitir, mas é a vigésima oitava vez que entro aqui, começo a escrever e apago sem nem direito a um rascunhinho nos meus documentos.
É, talvez minha vida literária tenha chegado ao fim (comovam-se, por favor). Talvez tenha esgotado os temas. Mas ainda não vou falar que enjoei de escrever. Afinal, é uma das poucas paixões. E é paixão.
E por falar em paixões, um (querido) amigo me relembrou esses dias o que eu pensava sobre o assunto há uns meses atrás. "Imune". Imune. Imune!
Quem dera fosse ou quem dera não seja?
A menininha que antes escrevia no word, pra realmente ninguém ler falava mais da vida. Botava mais vida nos textos. Tinha mais coisas a falar. Mais descobertas a serem palavreadas. E quando eu entro pela vigésima oitava vez no que virou blog e saio dele apenas lendo o último post, me sinto mais vazia. Pobre.
E, no entanto, a vida não parou. Ela está aqui, mesmo sem eu ter pedido, ela está aqui e alguma coisa me diz que estou vivendo. Onde foram parar minhas palavras então? Onde estão minhas almas desvendadas? Elas estão?
Oh, amigos... estou triste. Eu não sei mais escrever. Eu não sei mais transcrever. Logo agora... logo agora que eu sinto tanto. Algumas partes de mim adormecidas. Outras partes radiantes. Outras choronas. Outras medrosas. Outras "vamos à luta". Mas é... já deu pra perceber que fiquei demasiada explícita. Não gostava do formato, mas agora está bom. Por ora, aqui, sentada, cansada, sozinha, está me fazendo bem. E já que tudo fugiu pela segunda vez na minha história blogueira do padrão "vivamos" de ser, vou continuar e dizer mais algumas coisas.

Uns dias tão estranhos, uns dias tão bons, uns dias tão vividos, se isso for viver. Umas esperas tão imaginadas, umas alegrias tão fortes. Estou apaixonada. E confesso... ainda há medo em dizer isso, assim. Quebrar os conselhos de papai, para que "não mostrasse a bunda". Mas ah, pai... se for isso que trouxer o arrependimento, então melhor que saibamos logo à quem estamos entregando os sonhos, não? E aí viria uma puxada pelo pé no chão, um certo zelo e eu terminaria dizendo: "Entregando, não. Dividindo. Talvez emprestando. Alugando. Confia em mim, pai."
Ai, ai...
Amanhã é quarta. Quarta nunca costumou ser um bom dia pra mim. Eu ainda me lembro que as aulas de Matemática na sexta série eram nesse dia. Agora todo dia é quarta pra mim. É como a segunda pra vocês, talvez. Acordar e todos os dias ser segunda. Tipo pesadelo. Tipo inferno mesmo. Mas eu vou esperar a quinta. Eu vou lutar por ela. Depois disso eu vou acordar numa dessas e encontrar uma mão já acordada no meu cabelo. Eu vou.
Antes de "publicar postagem", só quero agradecer aos meus fiéis leitores, que nem sempre devolvo com comentários tão bons quanto os que recebo, mas que sempre são lidos. Dividir umas palavras com vocês é tão bom quanto escrever. Ler o que escrevem é tão bom quanto ser lida por vocês. Apetece.
E pra arrematar, um pouquinho de palavra pra alguém que já me pôs pra chorar hoje...

Vivi, linda. Pode ser que nada mude, mas se mudar, será pouco. Ainda assim, quero registrar que você é uma das melhores pessoas que eu conheço. Sempre achei brega dizer isso, mas você é minha melhor amiga. Prezarei sempre." =~ "

Enfim... vamos escovar os dentes e descansar pra amanhã trabalhar. A vida. As minhas quartas. Por um mundo melhor. Que venham as quintas.

Se segura, malandro.

E, vai... vivamos!!