domingo, 24 de fevereiro de 2008
























A inspiração andou correndo de mim e eu andei apenas, sem muitos sobressaltos até dois dias atrás.
Mas as palavras sempre voltam, porque a vida sempre muda, e por mais que me faltem as condições que preciso para escrever, nunca me faltam os temas.
Pois bem alegre acordei na manhã de hoje, que já era quase uma tarde de hoje. Aqueles nomes bonitos que os psicólogos usam para falar dos sonhos mereceriam minha falta de ingorância para poder chamá-los. Quase uma troca de favores, afinal, na noite passada, foram-me muito graciosos.
Uma vez com os olhos abertos e o coração querendo se manter fechado volto ao mundo em que consigo ser transparente. As palavras colocadas com as mãos que as escrevem sempre serão parte de mim. Sempre serão a única forma de me fazer entender pois nunca conheci alguém tão fracassada na arte de se expressar verbalmente. Consigo com a boca, a deprimente façanha de escolher o tom, os verbos e as feições mais inadequadas. E depois de percebido isso, resolvi que era hora de silenciar. Ninguém entenderia o que realmente eu pensava sobre algum qualquer caso. E isso acontecia porque eram boas entendedoras. Eu falava tudo da pior forma possível. Já consegui dizer exatamente o contrário do que estava tentando teorizar. Mas, enfim... o pretérito foi só pra dar um ar de sabedoria. Isso tudo ainda acontece nas poucas vezes que arrisco abrir a boca para falar de mim.
O estado de graça não sei por quantas horas vai durar. Sei apenas que vai ter fim. E já ficou difícil saber se a causa do coração leve e ansioso é pelo motivo mais evidente ou se é por comprovar que felicidade vai e volta. Ultimamente, ela tanto mais andou indo que já me deixou no estado ideal para vislumbrar o fundo do poço. Ela me deixou feliz com pouco. O que me reza a alma é que felicidade é esse aperto no peito pela espera de que todo o inesperado mais que esperado te atinja, e você veja que o que a vida estava te dando, dessa vez não era uma rasteira. Era amor. E, portanto, não era pouco.
Ao amor dos novos dias!

Vivamos!

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