terça-feira, 10 de junho de 2008

Quarta-feira.

Eu detesto admitir, mas é a vigésima oitava vez que entro aqui, começo a escrever e apago sem nem direito a um rascunhinho nos meus documentos.
É, talvez minha vida literária tenha chegado ao fim (comovam-se, por favor). Talvez tenha esgotado os temas. Mas ainda não vou falar que enjoei de escrever. Afinal, é uma das poucas paixões. E é paixão.
E por falar em paixões, um (querido) amigo me relembrou esses dias o que eu pensava sobre o assunto há uns meses atrás. "Imune". Imune. Imune!
Quem dera fosse ou quem dera não seja?
A menininha que antes escrevia no word, pra realmente ninguém ler falava mais da vida. Botava mais vida nos textos. Tinha mais coisas a falar. Mais descobertas a serem palavreadas. E quando eu entro pela vigésima oitava vez no que virou blog e saio dele apenas lendo o último post, me sinto mais vazia. Pobre.
E, no entanto, a vida não parou. Ela está aqui, mesmo sem eu ter pedido, ela está aqui e alguma coisa me diz que estou vivendo. Onde foram parar minhas palavras então? Onde estão minhas almas desvendadas? Elas estão?
Oh, amigos... estou triste. Eu não sei mais escrever. Eu não sei mais transcrever. Logo agora... logo agora que eu sinto tanto. Algumas partes de mim adormecidas. Outras partes radiantes. Outras choronas. Outras medrosas. Outras "vamos à luta". Mas é... já deu pra perceber que fiquei demasiada explícita. Não gostava do formato, mas agora está bom. Por ora, aqui, sentada, cansada, sozinha, está me fazendo bem. E já que tudo fugiu pela segunda vez na minha história blogueira do padrão "vivamos" de ser, vou continuar e dizer mais algumas coisas.

Uns dias tão estranhos, uns dias tão bons, uns dias tão vividos, se isso for viver. Umas esperas tão imaginadas, umas alegrias tão fortes. Estou apaixonada. E confesso... ainda há medo em dizer isso, assim. Quebrar os conselhos de papai, para que "não mostrasse a bunda". Mas ah, pai... se for isso que trouxer o arrependimento, então melhor que saibamos logo à quem estamos entregando os sonhos, não? E aí viria uma puxada pelo pé no chão, um certo zelo e eu terminaria dizendo: "Entregando, não. Dividindo. Talvez emprestando. Alugando. Confia em mim, pai."
Ai, ai...
Amanhã é quarta. Quarta nunca costumou ser um bom dia pra mim. Eu ainda me lembro que as aulas de Matemática na sexta série eram nesse dia. Agora todo dia é quarta pra mim. É como a segunda pra vocês, talvez. Acordar e todos os dias ser segunda. Tipo pesadelo. Tipo inferno mesmo. Mas eu vou esperar a quinta. Eu vou lutar por ela. Depois disso eu vou acordar numa dessas e encontrar uma mão já acordada no meu cabelo. Eu vou.
Antes de "publicar postagem", só quero agradecer aos meus fiéis leitores, que nem sempre devolvo com comentários tão bons quanto os que recebo, mas que sempre são lidos. Dividir umas palavras com vocês é tão bom quanto escrever. Ler o que escrevem é tão bom quanto ser lida por vocês. Apetece.
E pra arrematar, um pouquinho de palavra pra alguém que já me pôs pra chorar hoje...

Vivi, linda. Pode ser que nada mude, mas se mudar, será pouco. Ainda assim, quero registrar que você é uma das melhores pessoas que eu conheço. Sempre achei brega dizer isso, mas você é minha melhor amiga. Prezarei sempre." =~ "

Enfim... vamos escovar os dentes e descansar pra amanhã trabalhar. A vida. As minhas quartas. Por um mundo melhor. Que venham as quintas.

Se segura, malandro.

E, vai... vivamos!!

2 comentários:

Unknown disse...

Garota vc tem serios problemas !!! Teve no minimo ter tido muitas desilusões para ter ficado assim tão dura ! Mais olha eu aceito as suas opniões são validas e vc escreve muito bem !!! Desculpe a minha sinceridade ...
Súesia

Roberta Artiolli disse...

Então tá, né?

Obrigada pelo "escrever bem".

Vivamos, vivamos...