segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010



















Não sei se já é um sinal de esclerose, mas estou adorando ficar velha. Certo, velha não. Mais velha.
Não sei também se é fase ou coincidência mas os dias tem sido mais leves. E não falo das últimas semanas.
Os anos tem me trazido alguma calma. Os remédios também, é verdade, mas os anos muito mais.
Quando fiz 21, comprei uns baldes, alguns panos, chantageei amigos em troca de vassouras, lixeiras, fronhas... e fui morar sozinha. Levei muito mais sonho na traseira da pampa (que era mais do que suficiente pra minha quantidade de pertences) que pertences em si. E o reboliço daqueles anos parece que só está se acalmando agora.
É mais tranquilo viver. Sim, é verdade também que muita coisa prática ajuda na diminuição das ansiedades, mas eu sei que o tempo tem sido generoso comigo.
É estranho, mas hoje sempre me pareceu muito melhor que ontem.

Quero muito tempo. Quero que dê tempo de fazer tudo que nasci pra fazer.
Quero um canudo na mão, um buquê pro alto e um filho no colo.
Depois disso, o viver não precisa mais ser pensado. Basta-se.

Vivamos.

Um comentário:

Douglas Zichelle Filho disse...

IDEM!! :)